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segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Na contramão

(Um aviso às crianças que lerão este texto: não tentem fazer isso em casa, muito menos numa das avenidas mais movimentadas da cidade. Essa proeza foi realizada por uma pessoa que é expert em andar na contramão).

Dia desses, eu subi a Av. Perimetral na contramão.

Tem noção do perigo? Dirigia meu carro por volta das 23h e levava alguns amigos de carona para Niterói. Chegando a Av. Francisco Bicalho (Leopoldina), dei de cara com um enorme engarrafamento. Cansada que estava, propus irmos ao Pavilhão de Tradições Nordestinas Luiz Gonzaga, vulgo Feira do Paraíbas, para jantar e fazer hora até que o congestionamento se diluísse.

Bom papo, bom jantar (divertido ver a Débora diante de um prato de carne-de-sol, mas arrumamos um queijo coalho pra nossa amiga vegetariana), e partimos pra casa. Nas proximidades da Leopoldina percebo que o engarrafamento ainda está formado. Já havia sido avisada por dois amigos que o imbróglio se dava até a rodoviária Novo Rio, que dali em diante o trânsito fluía tranqüilo, inclusive na Ponte Rio-Niterói.

A idéia: “vou tomar a Av. Perimetral e de lá acessar a ponte direto.” Tomei então a Av. Rodrigues Alves e comecei a dirigir no sentido Aterro pra fazer um retorno em frente o aeroporto Santos Dumont e enfim tomar o rumo de casa. Foi aí que lembrei que não precisava ir tão longe, havia uma agulha nas proximidades da Praça Mauá por onde eu poderia acessar a Perimetral. Muito bem, achei a tal agulha (pelo menos assim eu julgava) e como já era 2h da manhã não achei que precisasse fazer todos os retornos necessários para subi-la, tão mais fácil fazer uma “baianada” e tomá-la dali mesmo! Foi o que fiz.

Estava no meio da subida quando percebi dois policiais apontando armas para meu carro. Ouvi dos meus colegas tranqüilizadores “ferrou” e “vamos morrer”. Fiquei nervosa: por que os policiais me apontam armas?! Liguei a luz interna, apaguei os faróis e continuei a subida imaginando que se eu parasse, ou voltasse, eles por certo atirariam contra nós. Chegando lá em cima, encostei e um policial gritou na minha janela:

- Senhora! A senhora está na contramão!
- É mesmo?
- Pra onde a senhora está indo?
- Pra Niterói...
- E como foi que a senhora conseguiu chegar até aqui?
- Ah, eu to tentando fugir de um engarrafamento gigantesco na Leopoldina e achei que a Perimetral era a melhor forma de acessar a Ponte – desconversei (porque eu é que não ia explicar que fiz uma “baianada” pra chegar ali, né?).
- Senhora, manobra aqui e vai embora.

Foi o que fiz, manobrei e enquanto agradecia a sorte de não ter batido de frente com nenhum carro, vi uma Kombi passar ao meu lado e descer velozmente a agulha por onde eu acabara de subir e onde um carro ocupava toda a largura. Cento e cinqüenta metros adiante, passei pela tal agulha por onde devia ter subido. Ela existe de fato, só me equivoquei quanto a sua localização.

É claro que foi uma irresponsabilidade comigo mesma, com as pessoas que estavam dentro do meu carro (perdão, Débora, Milena e Marlon), e com prováveis vítimas em outro veículo. Foi sem dúvida um livramento de Deus e é uma boa história pra se contar e escrever no blog. Mas é claro também que uma vez que todos sobrevivemos, nós quatro damos boas risadas disso, e contamos a história como uma grande proeza, apesar do grande risco que todos corremos.

Não me orgulho de ter dirigido na contramão. Mas eu tenho orgulho de viver na contramão.

Num mundo onde há tanta avidez pelo acúmulo de riquezas, o que me deixa feliz é poder dar...
Num mundo que deturpou o conceito de família e o propósito para o qual ela foi criada, eu celebro a minha, e não desanimo porque sei que funciona...
Num mundo onde o culto ao corpo é supervalorizado, eu lamento não ler mais livros...
Num mundo que impõe a busca pelo prazer, tento com todas as forças manter-me pura...
Num mundo onde a indiferença é como uma doença endêmica, eu prefiro espalhar o vírus do amor...
Num mundo onde a regra é “primeiro eu, depois eu, e por último eu”, minha luta é para ser humilde. Meu Senhor me convidará para um lugar de honra...
Num mundo que previne para só confiar no seu filtro solar, eu tenho encontrado bons amigos. Alguns se tornaram como irmãos...
Num mundo onde se estimula a competição e o individualismo, eu prefiro viver pros outros...
Num mundo onde a raiva mata, eu luto com todas as armas para dar a outra face...
Num mundo cheio de gente só, eu gosto mesmo é de uma casa cheia...
Num mundo tão tecnológico, eu ainda prefiro um bom papo olho no olho...
Num mundo tão frenético, eu gosto de calma, do “murmúrio da brisa suave"...
Num mundo que oferece tantas opções, eu escolhi seguir o único Caminho...
Num mundo que relativou tudo, eu descobri e prego a Verdade.

domingo, 17 de agosto de 2008

Bee

Eu fui atacada por enxames de abelhas três vezes. Na primeira vez foram 19 picadas, na segunda 29 e na terceira 32.

Não foram boas experiências e eu passei a desejar nunca mais ser vítima desses animaizinhos tão pequenos e furiosos.

Ano passado eu dei de cara com uma Abelha novamente. De início me assustei, mas agora ela é minha amiga!

Abelha produz mel...

(Talvez esse post não receba comentários, pouca gente conhece a língua que estou falando. A maioria das pessoas fala rápido demais).

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Tia Liege, quem criou Deus?


Fabinho, aos seis anos:

- Tia Liege!
- Agora não posso, Fabinho. Tô ocupada.
- É rápido.
- Não dá meu filho, preciso responder esses emails agora.
- Mas tia Liege, é uma pergunta importante.
- Ai meu Deus, Fabinho!
- Isso tia Liege! É sobre Deus mesmo...
- Sobre Deus?
- É.
- Então fala.

E aí... sem ensaio, de supetão, como quem não quer nada, como quem pergunta quanto é dois mais dois, ele manda:

- Tia Liege, quem criou Deus?
- O que?!
- Quem criou Deus, tia Liege?
- Ai, ai, ai... por que você quer saber isso? - tentando ganhar tempo pra pensar em como sair de uma furada dessas.
- Então tia Liege, você sabe quem criou Deus?

E eu, após recapitular em dois segundos quatro anos do Bacharel em Teologia e perceber que nada nem ninguém poderia me socorrer diante da pergunta dessa figurinha carimbada:

- Fabinho, ninguém criou Deus. Ele é que criou todas as coisas. Deus sempre existiu. Ele já estava desde o inicio dos tempos.

Fez-se um silêncio inquietante no qual eu baixei a cabeça e desejei ardentemente que ele engolisse minha frágil resposta e me liberasse do desconforto de ser a Super Tia Liege, mas talvez pela primeira vez não ter uma resposta convincente. E ele com os olhos fitos em mim:

- Tá bem, tia Liege. Mas e antes de Deus sempre existir, quem foi que criou Ele?

E eu só pensando... por que um menino de seis anos me faz uma pergunta dessas?! Resposta óbvia: não é um menino qualquer, é o Fabinho.

Seguiu-se então minha vã tentativa de finalizar o assunto:

- Meu amor, ninguém criou Deus. Mas eu sei que isso é muito difícil de entender. Quando você crescer você vai entender, ou melhor, você vai aceitar isso, tá?

- Tia Liege, eu já tenho uma lista enorme...
- Lista de quê?
- Lista de coisas pra entender quando eu ficar grande!!

Diante disso eu não tive e ainda não tenho nada mais o que dizer.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

De Débora

Quem leu meu post "Projeto Recife: saudades" entendeu que cuidar de pessoas é o que realmente importa para mim. Ao longo do meu ministério, o chamado "Cuide dos meus cordeiros. Pastoreie as minhas ovelhas. Cuide das minhas ovelhas" (Jo 21.15-17),tem sido o ideal que me redime dos meus muitos pecados, de todas as minhas negações.

Deus tem me dado discípulas para cuidar. Elas são primeiramente discípulas de Jesus, e depois, muito lá depois, são minhas discípulas também. O privilégio é meu, a provação é delas. Mas o fato é que tento atender a ordem de Paulo a Timóteo: "E o que de minha parte ouviste na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis e idôneos que sejam capazes de ensinar a outros" (2 Tm 2.2).

Débora é uma das minhas discípulas e foi dela a iniciativa de me mandar um texto pra ser postado no blog. Eu louvo a Deus pela maneira como Ele tem cuidado de Débora e a tem trazido até aqui para dar testemunho da Sua graça redentora e de Seu poder transformador:

“Às vezes o único desejo que existe em nossa mente é sair do local onde nos encontramos e ir para algum outro onde nunca seremos localizados. Não é por causa da liberdade e nem pela vergonha do que estamos fazendo, mas sim pela vergonha do que já fizemos e pela mudança que queremos fazer.

Quando nos deparamos com o nosso passado cruzando com o nosso futuro vemos que o presente deve ligar ambos em uma única forma, para que o passado não se repita, o futuro seja diferente e o presente faça a diferença. Unir pessoas do passado que queremos esquecer, sujeitos do presente que desejamos eternizar é algo que amedronta mesmo tendo uma certeza de que o passado não existe mais, o presente é o agora e o futuro é eterno. Saber que a diferença futura não pode ser a diferença passada, saber que eu sou algo novo, algo mais real, algo perdoado, algo Divinamente planejado. Saber que meu passado é o que me fez chegar onde estou, saber que mudá-lo seria a minha mudança, saber que ensiná-lo será a minha vitória e revivê-lo seria o impossível. Saber que minha vida se tornou apenas um pedaço da eternidade, saber que a eternidade sempre existiu, e que estarei nela, é a maior vitória que qualquer ser humano esperaria.

Um dia alguém deu Sua vida para que eu pudesse estar aqui, os meus pecados não mais existem, meu passado só aconteceu para eu testemunhar que a vitória é possível, até para mim.
Hoje sou um eterno pedaço dos meus desejos futuros, mas com o meu passado não mais esquecido e sim perdoado. Porque na vida o pouco que se faz só é pouco pelos frutos. O muito que se planta só é muito quando se colhe. E tudo; o tudo só é tudo quando se faz para o propósito certo.”

Débora Von Held

quarta-feira, 7 de maio de 2008

O Flamengo e as Mensageiras do Rei

Segunda-feira, definitivamente, não é um dia bom. Mas se o Flamengo foi campeão no domingo, torna-se o dia mais feliz da semana!

Eu lembro dos meus tempos de escola, lá se vão... bem, não vem ao caso quantos anos já se passaram de lá pra cá. O fato é que meus colegas nunca entenderam porque eu chegava tão cansada pra pegar a aula das 7h na segunda. E quem disse que domingo é dia de descanso pra crente?

Não era mesmo. Chegava na igreja as 8h30 pra EBD, emendava o culto e depois o ensaio do coral jovem. Almoçava tarde. As 16h já estava de volta na igreja. Ensaio de outro coral. Emendava com as Mensageiras do Rei e culto da noite. É... Mensageiras do Rei (uma organização missionária para meninas de 9 a 16 anos que também era uma espécie de escotismo feminino batista). Fui Rainha Regente em Serviço (a mais alta patente!). Tinha o organograma completo, faixa, coroa, cetro e capa!

Essa organização teve uma importância inigualável na minha vida. Foi sem dúvida nas Mensageiras do Rei que aprendi a amar missões e onde também tive meus primeiros medos a respeito de um chamado que insistia em me atormentar ainda tão jovem.

Mas era um prazer inenarrável. Só quem foi Mensageira sabe. Nossos acampamentos estaduais no Sítio do Sossego, os congressos regionais, a rivalidade com outras organizações da região, os passeios, o Reconhecimento de Passos, os banquetes onde só participavam as graduadas Rainhas...

Sim, tínhamos um sistema de graduação. Menina, Filha, Princesa, Rainha, Rainha em Serviço, Rainha Com Cetro, Rainha Regente e Rainha Regente em Serviço. E não era fácil subir na organização! Tantas tarefas a cumprir, tantos textos a decorar! Mulher Virtuosa... pense no esforço pra memorizar os 21 versículos do texto de Salomão! (Pv 31.10-21)

E tínhamos um pacto.

"Reconhecendo as necessidades do mundo perdido nas trevas do pecado e desejando atender ao mandamento do Mestre prometo esforçar-me para:

Ser fiel ao serviço de Cristo, cooperando com as atividades da igreja e da denominação. Contribuir e orar pelo trabalho de missões no Brasil e no mundo. Lutar por conservar a mente pura e o corpo limpo, pronto para o Serviço. Falar sempre a verdade e não tomar o nome de Deus em vão. Reconhecer e corrigir os meus erros. Só assim crescerei espiritualmente na presença do meu Rei."

Era emocionante colocar-me de pé, estender a mão direita e recitar o pacto!

Também tínhamos os nossos cinco ideais:

1. Viverei em cristo pela oração.
2. Crescerei em sabedoria pelo estudo da Bíblia.
3. Reconhecerei à minha mordomia.
4. Enfeitar-me-ei com boas obras.
5. Aceitarei a responsabilidade da grande comissão.

Só agora me dei conta de que ensinaram a uma menina de 9 anos a aceitar a responsabilidade da Grande Comissão... Deu no que deu. Sou missionária!

Não há arrependimentos.

Algumas coisas não deviam mudar nunca. Mudaram as Mensageiras do Rei. Disseram que era necessário contextualizar. Na maioria das igrejas já nem existe mais. É uma pena. Minhas filha, se um dia a tiver, não poderá desfrutar do mesmo privilégio.

E eu entrei aqui para falar das segundas-feiras felizes que devo ao Flamengo...

Ser flamenguista é algo sensacional. Este ano estava em Barcarena, duas horas de barco depois de Belém, quando o Flamengo foi campeão da Taça Guanabara. Tinha tanta gente com a camisa do Fla e ouvi tantos fogos naquele rincão do país que por um momento imaginei-me de volta ao Rio de Janeiro. Para mim é até difícil de entender como pode ter tanta gente apaixonada por um clube de futebol que dista mais de mil quilômetros.

Também sou apaixonada pelo Flamengo. Mas o Flamengo não mudou a minha vida.

Sou apaixonada pelas Mensageiras do Rei. Jesus mudou a minha vida. Nas mensageiras eu aprendi a base da fé cristã onde me apoio até hoje.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo. Ser Mensageira também é para sempre.

Saudações rubro-negras!
"Levanta-te e resplandece porque já vem a sua luz" Is 60.1 (divisa das Mensageiras)

Sua,
Rainha Regente em Serviço

Ps: Porque afinal de contas fomos campeões, né? "Ah, meu Mengão, eu gosto de você. Quero contar ao mundo inteiro a alegria de ser rubro-negro."

Ps 2: Para fechar com um golaço: "Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus." At 20.24

domingo, 2 de março de 2008

Projeto Recife: saudade!

O Projeto Recife acabou há exato um mês, mas eu ainda acordo e acho estranho não encontrar todas aquelas pessoas no café-da-manhã. É uma sensação esquisita, parece que me roubaram alguma coisa.

Tenho dito várias vezes que eu nasci pra essa vida. Gosto de projetos e me adapto com muita facilidade. Posso dormir de luz acesa, apagada, com gente falando, em silêncio, numa cama, num colchonete, num beliche, etc. Acredite, essa capacidade de adaptação é um grande benefício pra quem todos os anos passa no mínimo um mês “acampada” em alguma cidade deste país. A verdade é que eu amo muito tudo isso!

Gosto de conhecer pessoas novas. Gosto de gente. Acho que muitos pensam que sou orientada para a tarefa. Engano. Eu gosto mesmo é das pessoas. A tarefa é só uma maneira eficiente de tocar as pessoas.

Acho que adoro projetos porque eles são cheios de pessoas. Este ano tinham 93! E o fato é que Deus a cada ano acrescenta pessoas novas a minha vida de maneiras que não deixam dúvidas que realmente é Ele quem está fazendo isso. Deus tem me dado encontros especiais em cada projeto.

Por algum tempo eu não entendi porque Deus me levou a trabalhar com capelania hospitalar. Apesar de gostar do ministério e de me considerar eficaz no que fazia, sempre soube que aquilo seria apenas um atalho no meu caminho. Hoje é tão claro que Deus estava me levando para perto dos que sofrem a fim de me preparar para cuidar de pessoas.

É isso que eu gosto mesmo de fazer: cuidar de pessoas. E é nesse cuidado que eu me realizo. Gosto das pessoas, amo os universitários. Deus me atraiu para eles e agora minha vida está irremediavelmente comprometida com a deles.

Eu sei falar, mas gosto muito de ouvir. Quero saber dos sonhos de cada um e se possível, ajudá-los a encontrar o caminho mais excelente para suas vidas: o centro da vontade de Deus.

Eu sei fazer muitas coisas também, mas gosto mesmo é de aplaudir os outros. Como me dá orgulho cada realização destes estudantes que de alguma forma Deus me confiou. Eu torço por eles, eu me emociono com eles.

E eu sinto muita saudade deles, dos que estão longe e também dos que estão perto. Mas se há algo bom nesse sentimento, é que pra mim a saudade é uma forma de encontro. É dessa forma que eu tenho aquelas 93 pessoas e tantas outras perto de mim todos os dias. Elas me inspiram, elas enriquecem a minha vida.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Projeto Recife: a lembrança de para que eu vivo

Estou desde 1 de janeiro em Recife coordenando um projeto missionário com 91 pessoas de 11 cidades diferentes, na UFPE- Universidade Federal de Pernambuco. A trabalheira que dá liderar um projeto como esse (falo sobre isso em outro post) me consome o tempo e as forças, mas não podia deixar de narrar o que se passou hoje à tarde no campus.

Posso dizer que um dos maiores prazeres na vida de um crente é, certamente, levar alguém a Jesus. Muitas vezes eu já tive esta experiência, mas é sempre um renovo para mim!

Eu estava andando com uma estudante de Fortaleza que é candidata a obreira do Alfa & Omega e que este ano participa da equipe de coordenação do projeto. É incrível como Deus me dá bons encontros quando estou andando com a Ans, acho que preciso fazer mais isso! No ano passado ela era minha discípula neste mesmo projeto e tivemos também uma experiência maravilhosa com uma menina. Pois bem, eu e Ans decidimos conversar com duas meninas que estavam sentadas numa mesa na beira de um lago que tem no campus.

- Oi! Meu nome é Liege, e esta é minha amiga Ans. Nós estamos divulgando o show da banda V do Avesso que vai acontecer aqui, vocês já receberam o panfleto?
- Ainda não - respondeu uma delas.
- Ah, então vocês são nossas convidadas. Nós fazemos parte de um movimento estudantil que está nas principais universidades do país e estamos fazendo uma pesquisa para conhecer o perfil do estudante da UFPE. Dá pra vocês responderem?
- Tudo bem.

Daí eu comecei a passar a pesquisa. Uma das perguntas era o seguinte: Se Deus fosse um de nós e você pudesse entrevistá-lo, o que você perguntaria a ele? Uma das meninas disse que perguntaria se havia tomado alguma decisão errada na minha vida. A outra disse que perguntaria se o mundo tem conserto. Continuamos a conversar muitas coisas até que uma delas disse que achava que Deus devia estar muito triste com ela porque ela fazia muitas besteiras na vida.

Eu contei para elas a história de Eliseu quando ele vai até a casa do oleiro. E expliquei como Deus desejava consertar a nossa vida da mesma forma que o oleiro consertou o vaso que estava com defeito. Também contei de uma vez eu mesma vi um oleiro se machucar ao moldar um vaso com as mãos porque no meio da argila havia uma pedrinha que o cortou. Eu disse para elas que naquele dia eu entendi que meus defeitos, que na verdade são pecados, também feriam a Deus e que eu acreditava mesmo que a gente entristecia o coração de Deus por viver em pecado.

Depois disso eu apresentei para elas o folheto das Quatro Leis Espirituais usando minha própria vida e experiência com Deus como ilustração para os pontos importantes do folheto. Eu li para elas o texto de Ap 3.20 que tem nas 4 Leis: “eis que estou a porta e bato, se alguém ouvir a minha voz e abri a porta entrarei...” Daí eu me dirigi as meninas e expliquei sobre a importância de tomar a decisão de convidar Cristo para entrar na vida e quais eram as implicações disso. Como uma delas havia dito que perguntaria a Deus se havia tomado decisões erradas na vida eu falei que essa é uma boa preocupação porque nossas decisões podem ter conseqüências eternas. Eu também comecei a compartilhar meu testemunho pessoal de conversão, como foi que eu entendi que precisava tomar uma decisão a respeito do meu relacionamento com Deus.

Depois eu expliquei os círculos das 4 Leis que exemplificam a vida controlada pelo “eu” e a vida controlada por Cristo e perguntei:

- Olhando para estes círculos qual dos dois que cada uma de vocês acha que representa melhor a sua vida hoje?
- Acho que nenhum dos dois. Porque eu acho que Cristo está na minha vida, mas na verdade Ele não está controlando a minha vida. Eu às vezes faço coisas erradas, tomo decisões erradas – uma delas respondeu.
- Será que essas decisões erradas não são tomadas justamente porque Cristo não está verdadeiramente controlando a sua vida?
- Com certeza sim - ela concluiu.
- E você, qual dos dois círculos representa melhor a sua vida?
- Eu também acho que Cristo está na minha vida, mas eu sei que Ele não controla a minha vida – respondeu a outra.

(A esta altura é importante ressaltar que a maioria das pessoas que são apenas religiosas não querem admitir viver uma vida sem Cristo. Elas não entendem que ou Cristo é Senhor e Salvador ou Ele não está na vida delas).

- Estou entendendo o raciocínio de vocês. Mas deixe-me fazer outra pergunta: qual dos dois círculos você gostaria que representasse a sua vida?
- Este aqui da perfeição é claro! – responderam unânimes.
- Muito bem, esta é uma decisão muito importante. A mais importante da vida de vocês.

Então eu concluí o meu testemunho pessoal dizendo também havia decidido que Cristo controlaria minha vida há muitos anos atrás e que esta certamente foi a decisão mais acertada que tomei.

Quando eu perguntei se elas também queriam convidar Jesus para entrar em suas vidas uma delas respondeu:

- Agora. Jesus, entra, por favor, entra! – e a outra também respondeu que queria convidar Jesus.
- Que bom, meninas, que vocês querem convidar Cristo para entrar na vida de vocês, mas eu quero que vocês entendam que isso é uma decisão muito séria. Não adianta nada vocês repetirem a esta oração simplesmente por repetir. É preciso fazer isso com fé. Vocês estão entendendo?
- Sim.
- Sim.
- E vocês querem realmente convidar a Cristo para ser o Salvador de vocês?
- Sim.
- Sim.

Ah, foi lindo! As duas oraram convidando Jesus para entrar em suas vidas e nós ficamos ainda conversando um pouco. Eu lhes expliquei sobre a importância de crescer no relacionamento com Deus.

Na semana passada, Deus já havia me colocado diante de uma outra estudante que também orou recebendo a Cristo e de outros que se mostraram muito interessados no evangelho. Creio que a maioria dos projetistas já viu pelo menos uma pessoa se convertendo no campus durante estes dias. Muitos estudantes que se converteram já começaram as lições de edificação.

Decididamente, eu não poderia gastar minha vida em nenhuma outra coisa. Não consigo imaginar algo que possa me dar mais alegria do que ver alguém sendo transportado das trevas para a Luz. Também tenho enorme prazer em trabalhar com os estudantes do Alfa & Omega. Como é maravilhoso vê-los crescer em caráter e habilidades e dedicar tudo isso para a Obra do Senhor.

Concluo com o texto que foi ministrado no nosso devocional pela manhã:

“Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus” (At 20.24).